sexta-feira, 1 de julho de 2011

                                                       PRINCESA MARIA LUÍSA

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ser Fluminense (Por Artur da Távora) ***

*** Ser Fluminense (Por Artur da Távora) ***

Ser Fluminense é entender esporte como bom gosto. É ser leal sem ser boboca e ser limpo sem ser ingênuo.

Ser Fluminense é aplicar o senso estético à vida e misturar as cores de modo certo, dosar a largura do grená, a profundidade do verde com as planuras do branco.

Ser Fluminense é saber pensar ao lado de sentir e emocionar-se com dignidade e discrição. É guardar modéstia, a disfarçar decisão, vontade e determinação. É calar o orgulho sem o perder. É reconhecer a qualidade alheia, aprimorando-se até suplantá-la.

Ser Fluminense não é ser melhor, mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço, mas vencer-se primeiro para ser vitorioso depois. É não perder a capacidade de admirar e de (se) colocar metas sempre mais altas, aprimorando-se na busca! E jamais perder a esperança até o minuto final.

Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida.

Ser Fluminense é rejeitar abuso, humilhação, manha, soslaio, sorrateiros, desleais, temerosos, pretensão, soberba, tocaia, solércia, arrogância, suborno ou hipocrisia. É pelejar, tentar, ousar, crescer, descobrir-se, viver, saber, vislumbrar, ter curiosidade e construir.

Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem despeito, e claro como a esperança.

Ser Fluminense, enfim, é descobrir o melhor de cada um, para reparti-lo com os demais e saber a cada dia, amanhecer melhor, feliz pelo milagre da vida como prodígio de compreensão e trabalho, para construir o mundo de todos e de cada um, mundo no qual tremulará a bandeira tricolor.

(Artur da Távola)

O Fluminense somos nós

O nosso Fluminense, em sua essência, em sua história e tradição, não tem nada a ver com o que temos visto.
O Fluminense é sua torcida.
Foi ela quem segurou a barra nos anos negros.
Foi ela quem apoiou o clube nos piores momentos, lotando os estádios em divisões inferiores.
O nosso Fluminense não é este Fluminense de desmandos administrativos, de salários atrasados, de dívidas impagáveis.
O nosso Fluminense não é o paraíso dos empresários, das vendas absurdas de promissoras revelações e das incríveis compras de jogadores que não somam.
O nosso Fluminense não é o que apóia ações estranhas, ao lado de Eurico e do falecido Caixa D'Água.
Não fomos nós que abrimos champanhe para comemorar viradas de mesa.
Somos o Fluminense campeão.
Somos o Fluminense vencedor.
Somos Manfrini, somos Rivellino, somos Paulo César Lima, somos Romerito, somos Assis, somos Deley, somos Branco, somos Parreira.
Somos o Fluminense de Telê.
Somos o Fluminense de Castilho.
Somos a torcida que fez a mais bela homenagem a João Paulo II em pleno dia de Fla-Flu decisivo.
Estamos a postos para apoiar neste momento difícil, porque são o clube e sua história que estão em risco.
Não os que hoje o dirigem.
Estes vão passar e serão esquecidos.
O nosso Fluminense não tem nada a ver com eles.
Desmandos, atrasos, locupletação... O Fluminense não é nada disso.
O Fluminense somos nós."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O milagre do Raio da Beleza no adorno de nossas vidas diárias elevará a humanidade.

O caminho mais curto para se fazer contato com Deus é através da Beleza.

Vejamos o que faz a Beleza para quem aspira por ela:

  • Expande a consciência
  • Inspira novos ideais
  • Harmoniza a mente e as idéias desconexas
  • Traz novas revelações
  • Libera energia criativa
  • Suscita alegria e amor; dissipa o temor
  • Desperta sentimentos de unidade
  • Abre as portas da generosidade
  • Desperta maior tolerância
  • Nos enche de solenidade
  • Regula a circulação do sangue
  • Regenera a secreção das glândulas
  • Melhora a assimilação dos alimentos
  • Cria relações humanas corretas
  • Aumenta a benevolência
  • Revela o sentido do infinito e do imortal.

O resultado do caminho evolutivo é a beleza. Não podemos desfrutar a vida sem expressar beleza, sem viver a beleza. A beleza é o alimento para nossas almas, é o desejo mais nobre. A beleza cura, a beleza expande nossa consciência, a beleza transforma nosso interior.

A natureza cria beleza em uma grande variedade: sementes, insetos, pássaros, peixes; Animais, seres humanos, estrelas, galáxias e mais além. Cria todas as manifestações da beleza. A beleza é a manifestação do propósito latente em toda a atividade do cosmos.

Ah! Como são belas as flores! Não é brincadeira dizer que nas flores o Céu se manifesta na Terra.

Como é glorioso admirar o nascer e o pôr do sol em um jardim florido.

Abençoados são os que aspiram pela beleza.

Devemos abrir o caminho para a chegada da beleza. A ponte da beleza nos conduzirá a um novo tempo.

Imantada pelo pensamento da beleza, convido a todos a enchermos de beleza os nossos pensamentos e sentimentos, o nosso mundo pessoal, a cultivarmos belos jardins e, em uníssono, aspirarmos por uma convivência solidária e harmoniosa, em uma cidade humana, pacífica e muito, muito florida. É permitido a todos nós cultivar jardins de beleza.

Na luta do dia a dia, repitamos sempre: Beleza! Beleza! Beleza!

Trago hoje para todos, um talismã: A Consciência da Beleza.

Todas as formas velam um atributo, uma mensagem, um ensinamento. O jasmim do cabo ou Gardenia jasminoides Ellis é um ser nativo da antiga Pérsia, que traz um simbolismo, uma mensagem muito importante para cada um de nós neste momento.

Olhe para o jasmim e transforme-se nele, pois ele é pureza transmitida pela alvura de suas pétalas, que também emanam inofensividade, regeneração, paz, dignidade e elegância. Do seu centro, o jasmim exala maravilhoso perfume, que são seus pensamentos e sentimentos, abençoando toda criação, todo o exterior.

A essência floral do jasmim é obtida da seguinte forma: ao nascer do sol, colhe-se uma flor bem aberta e perfeita. Mergulha-se a flor em um litro de água pura, em vasilha de vidro transparente. Deixa-se ao sol durante todo o dia. Ao entardecer, estará pronta para ser tomada. A dosagem fica a critério da observação pessoal de cada um.

Esta essência facilita a sintonia de nossa mente com a Mente do nosso Deus interior, fonte de toda beleza, harmonia, pureza, perfeição, criatividade e iluminação. Proporciona um novo nascimento, regeneração e melhoria na auto-estima.

O nome jasmim significa “exalar a beleza e a perfeição que jaz em mim”. Sejamos jasmins e vivamos no interior do seguinte pensamento: Eu Sou o pensamento e sentimento criadores perfeitos, presentes nas mentes e corações de todos, em todos os lugares.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

São Luís, 07/10/2010


A vida é tão engraçada! Prega algumas peças na gente e muitas vezes não sabemos como agir em certas situações. Estou introspectiva, fazendo uma viagem no túnel do tempo. Tantas lembranças!
Estou em algum lugar, para um compromisso originado de um convite inesperado. De repente "topo" com alguém que não vejo há anos, séculos! Nossa! Como está mudado, mais maduro, mesmo assim reconheço em seus traços um rosto bem conhecido. Fico ali parada olhando para ele e de repente, como se sentisse meu olhar, vira e me olha nos olhos. Percebo carinho em seu olhar e mostra alegria em me rever. Sinto o quanto é bom encontrar alguém que representou algo num passado distante e ser tão bem recebida! Como é gostoso sentir que significamos algo para alguém e ser tão bem tratada. Olha que trocamos poucas e rápidas palavras, mas os olhares disseram muito mais. Curiosos e atentos aos gestos e sinais.
Vocês podem não entender o que quero dizer, talvez por não saber expressar em palavras o que senti. Mas saibam que é muito bom sentir que deixamos algo de bom em alguém, que perdurou ao longo do tempo. É muito bom sentir não ser indiferente a alguém que significou algo no passado. Não ser tratada apenas como uma conhecida a mais.
O encontro foi breve, mas deixou uma sensação de ter recebido um carinho no "ego".

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Amigo é o que fala o que o outro não quer ouvir; na relação sólida, o tempo não afasta, adia; pesquisadores tentam explicar a amizade

Amizades, paixões, ternura: temas que, à primeira vista, parecem ser de interesse apenas da vida privada, assunto particular, já atraem pesquisadores de várias ciências, das humanas às médicas.

No Brasil, o Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia da Emoção (Grem), especialização ainda pouco conhecida, estuda os mecanismos que sustentam fenômenos considerados subjetivos como as amizades e o modo como estas moldam a sociedade e são moldadas por ela.

"Ao ser amigo, eu deixo de ser singular, tenho regras, mesmo que implícitas, de conduta, de comportamento, de afeto. Amizades fazem com que as pessoas consigam administrar um tipo de vida, ter projetos como indivíduo, atuar e cumprir seu destino na sociedade", diz o antropólogo Mauro Koury, professor da Universidade Federal da Paraíba e coordenador do Grem.

Amizade aqui é entendida como a duradoura, a sólida, ressalva que se faz ainda mais necessária por causa da banalização da palavra -o brasileiro chama de amigo o garçom, o flanelinha e até o desconhecido a quem pede uma informação na rua. Mas as amizades longas são as que contam.

"Amizade que acaba é porque nunca começou. Se não for algo que sai do pragmático, do imediato, não é verdadeiro", diz o filósofo e colunista da Folha Mario Sergio Cortella.
Esse "ciclo longo" de relacionamento, segundo denomina o antropólogo José Guilherme Magnani, do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, não tem como base o trabalho ou lealdades específicas. A disponibilidade de trocas a longo prazo é o que sustenta as parcerias no decorrer do tempo, diz o antropólogo.

O que faz surgir aquela amizade "para sempre" está além das explicações da razão. "Não é optativo. Todos tropeçam em pessoas com quem teriam esse tipo de relacionamento, mas podem reconhecê-las ou não naquele momento", diz o psicanalista Armando Colognese Jr., supervisor do curso de formação em psicanálise do Instituto Sedes Sapientae, de São Paulo.

Embora não se conheça por completo a química da amizade, Colognese acredita que ela não acontece, pelo menos na forma duradoura e produtiva, com pessoas muito iguais entre si. "A amizade requer aquele raro ponto médio entre semelhança e diferença", escreveu o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882).

Outra característica que diferencia as amizades de longa data é a possibilidade de confronto sem ruptura. "Se você me importa, eu me incomodo com você. Incomoda-me se você está certo, errado, o que você fala e até a forma de você se vestir", diz Cortella.

Amigo é quem pode falar aquilo que não gostamos de ouvir. O administrador de bufê Walter Pires Jr., 46, viveu essa situação com a fonoaudióloga Gláucia Domingues, 45, sua amiga há mais de 30 anos. Pires conta que, certa vez, disse à Gláucia que discordava do caminho que ela estava tomando no campo sentimental. A resistência da fonoaudióloga a ouvir os conselhos do amigo o levou a encerrar o assunto, mas não sem antes avisar: "Tudo bem, mas não peça mais a minha ajuda". Pires acredita que essa frase tenha feito "cair a ficha" e, passado o tempo regulamentar de cicatrização de mágoas, a amizade voltou a ser o que era.

A possibilidade de superar mágoas também é pressuposto e resultado de amizades duradouras, diz Colognese. Requer maturidade, é óbvio, e também uma das maiores virtudes do ser humano, segundo o psicanalista, que é a capacidade de reconhecer os próprios limites e saber onde procurar o que falta -e a amizade é um espaço privilegiado para essa busca.

As amizades longas são mais raras porque, mesmo que surgidas num golpe do acaso, dão muito mais trabalho. "Amigo pede dinheiro emprestado, bebe, dá um trabalhão, mas você sabe que um dia estará carregando a alça do caixão dele e chorando sua partida sem saber bem o motivo", diz Cortella. É um esforço mais de compreensão e aceitação do diferente do que de convivência física. "Nem é preciso encontrar-se sistematicamente, há um pressuposto de que a amizade exista", diz o antropólogo Mangnani. Na amizade sólida, o tempo é uma contingência. Não afasta, apenas adia.

Ao lado da afinidade e do respeito, a criação de certos rituais reaviva o pacto de confiança ou lealdade que, para Koury, é elemento fundamental da amizade longa. Ele diz que, em certas sociedades, como as indígenas, os rituais são muito precisos, com regras predeterminadas. Na sociedade ocidental, os rituais são criados um pouco aleatoriamente.

Grandes amigos se descobrem no prezinho ou na maturidade


O administrador Walter Pires Jr., 46, e a fonoaudióloga Gláucia Domingues, um ano mais nova que o amigo, se conheceram nos primeiros anos de escola e não se largaram mais. Fizeram peça de teatro juntos, filme amador em super-oito ("o famoso "Família Applecake'"), até análise fizeram juntos. É uma amizade em que o tempo de ver-se não é importante, diz Pires. Temporadas distantes só aumentam o prazer do reencontro, "puro deleite", diz Gláucia Domingues. Para Pires, a longevidade da amizade é explicada por uma mistura de emoção e inteligência, sempre permeada de carinho.

Nas longas e sólidas amizades, a diferença de idade não conta nada. Para o advogado José Gregori, 73, amigos mais jovens são um privilégio e prova de ter tido uma vida muito boa. "Recomendo a todos que vivam muito bem e ainda tenham esse adicional na velhice, que é um amigo jovem." Gustavo Hungaro, 44 anos mais novo, diz que seu vínculo com o advogado mais velho ultrapassou as fronteiras de idade e de trabalho para transformar-se numa amizade muito prazerosa.

Concepção de amizade ao longo do tempo

Antiguidade: principalmente na Grécia dos séculos 4º e 5º, a amizade era uma virtude a ser exaltada, parte da ética. Uma das mais importantes obras de referência sobre a amizade é justamente "Ética a Nicômano", de Aristóteles.

Idade Média: a amizade implicava demonstrações de coragem e lealdade, bem ilustrada na saga do rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Fim do século 15: o descobrimento de outros mundos cria condições de compreender a amizade de novas formas, a possibilidade de tolerância e convivência com o diverso.

Mundo contemporâneo: a precariedade dos relacionamentos e a convivência obrigatória valorizam a amizade como um espaço privado sem ser solitário, no qual as pessoas podem manifestar suas subjetividades.

"Eu só sei que não importa o tempo ou o lugar... A concepção da amizade é o mesmo e tem que ser valorizada...

É a lealdade junto com a confiança

tendo como base o amor e

não o interesse.

E a conclusão que eu sempre trouxe comigo é que

Amigos são sempre poucos!"

Raposa Feminne


IARA BIDERMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA